CoDAS
http://www.codas.periodikos.com.br/article/doi/10.1590/2317-1782/20202020117
CoDAS
Artigo Original

O empoderamento na reabilitação auditiva: tradução dos questionários de autoadvocacia

Empowerment in hearing rehabilitation: translation of self-advocacy checklists

Larissa de Almeida Carneiro; Daniele Batista Nery; Rebeca Liaschi Floro Silva; Amanda Salimon; Thais Corina Said de Angelo; Camila Oliveira Souza Tamura; Luciana Alves Duarte; Eduardo Jannone da Silva; Natália Barreto Frederigue Lopes; Adriane Lima Mortari Moret; Regina Tangerino de Souza Jacob

Downloads: 1
Views: 635

Resumo

Objetivo: Traduzir e adaptar culturalmente para o português brasileiro os questionários Self-Advocacy Checklist “I can”, Audiology Self-Advocacy Checklist - ELEMENTARY SCHOOL (ASAC-ES), Audiology Self-Advocacy Checklist - MIDDLE SCHOOL (ASAC-MS) e Audiology Self-Advocacy Checklist - HIGH SCHOOL (ASAC-HS), para avaliar os habilidades de autoadvocacia de usuários de dispositivos eletrônicos auditivos. Método: A tradução foi realizada por meio de uma adaptação das diretrizes de Beaton et al. (2000). A versão pré-teste foi aplicada em dois grupos. O Grupo 1 (G1) foi composto por 14 professores de adolescentes com deficiência auditiva. O Grupo 2 (G2) foi composto por 15 pacientes adolescentes com deficiência auditiva, usuários de dispositivos eletrônicos auditivos, que fazem uso da linguagem oral como forma primária de comunicação. Resultados: Os instrumentos foram traduzidos como Checklist de autoadvocacia “Eu consigo” e Checklists de Autoadvocacia em Audiologia - Ensino Fundamental I, Ensino Fundamental II e Ensino Médio. Para o G1, não houve relato de dificuldade em relação aos termos utilizados nos protocolos, porém, relataram dificuldades em relação ao preenchimento do progresso do estudante. Para o G2, as fonoaudiólogas que aplicaram os instrumentos em forma de entrevista não relataram dificuldade quanto ao uso do instrumento e sua aplicação. Após a aplicação da versão pré-teste, não houve necessidade de fazer alterações nos instrumentos, os quais foram apresentados como versão final. Conclusão: As Checklist de autoadvocacia foram traduzidas e adaptadas culturalmente para o português brasileiro e são instrumentos válidos para a mensuração das habilidades de autoadvocacia de estudantes com deficiência auditiva em contexto clínico.

Palavras-chave

Tradução; Questionários; Equipamentos de Autoajuda; Perda Auditiva; Empoderamento

Abstract

Purpose: To translate and cross-culturally adapt to Brazilian Portuguese four instruments for assessing self-advocacy skills of users of electronic hearing devices: the “I can” Self-Advocacy Checklist and three versions of the Audiology Self-Advocacy Checklist (ELEMENTARY SCHOOL, MIDDLE SCHOOL and HIGH SCHOOL). Methods: The translation process was adapted from the guidelines of Beaton et al. (2000). The prefinal version was pre-tested in two groups. Group 1 (G1) was composed of 14 teachers of adolescents with hearing loss. Group 2 (G2) was composed of 15 adolescent patients with hearing loss, electronic assistive device users, who use oral language as their primary form of communication. Results: The instruments were translated as Checklist de autoadvocacia “Eu consigo” e Checklists de Autoadvocacia em Audiologia - Ensino Fundamental I, Ensino Fundamental II and Ensino Médio. G1 did not report difficulties regarding the terms used in the checklists; however, they reported difficulties completing the student’s progress. The audiologists who used the checklists to interview G2 did not report difficulties regarding the use of the instrument. Therefore, after pre-testing the prefinal version, there was no need to make changes to the instruments, which were then presented as the final version. Conclusion: All Self-Advocacy Checklists were translated and cross-culturally adapted into Brazilian Portuguese and are valid instruments to measure the self-advocacy skills of students with hearing loss in a clinical context.

Keywords

Translating; Questionnaires; Self-Help Devices; Hearing Loss; Empowerment

Referências

1) Ainscow M. Special needs in the classroom: a teacher education guide. Paris: UNESCO; 1994.
2) Dantas T. Vivências de empoderamento e autoadvocacia de pessoas com deficiência: um estudo no Brasil e no Canadá. Educação Unisinos. 2017;21(3):336-44. http://dx.doi.org/10.4013/edu.2017.213.07
» http://dx.doi.org/10.4013/edu.2017.213.07
3) Michael R, Zidan HM. Differences in self-advocacy among hard of hearing and typical hearing students. Res Dev Disabil. 2018;72:118-27. http://dx.doi.org/10.1016/j.ridd.2017.11.005 PMid:29128783.
» http://dx.doi.org/10.1016/j.ridd.2017.11.005
4) Kleinert JO, Harrison EM, Fisher TL, Kleinert HL. “I Can” and “I Did”: self-advocacy for young students with developmental disabilities. Teach Except Child. 2010;43(2):16-26. http://dx.doi.org/10.1177/004005991004300202
» http://dx.doi.org/10.1177/004005991004300202
5) Antia SD, Rivera MC. Instruction and service time decisions: itinerant services to deaf and hard-of-hearing students. J Deaf Stud Deaf Educ. 2016;21(3):293-302. http://dx.doi.org/10.1093/deafed/enw032 PMid:27179117.
» http://dx.doi.org/10.1093/deafed/enw032
6) Spangler, C. Supporting wellness and social-emotional competence. In: Johnson CDC, Seaton JB. Educational audiology handbook. 3rd ed. San Diego, CA: Plural Publishing; 2020. p. 363-401.
7) Bevilacqua MC, Delgado EMC, Moret ALM. Estudos de casos clínicos de crianças do Centro Educacional do Deficiente Auditivo (CEDAU), do Hospital de Pesquisa e Reabilitação de Lesões Lábio-Palatais-USP. In: Anais do XI Encontro Internacional de Audiologia; 1996; Bauru. Bauru: HPRLLP-USP; 1996. Vol. 30.
8) Warner-Czyz AD, Loy B, Pourchot H, White T, Cokely E. Effect of hearing loss on peer victimization in school-age children. Except Child. 2018;84(3):280-97. http://dx.doi.org/10.1177/0014402918754880
» http://dx.doi.org/10.1177/0014402918754880
9) Beaton DE, Bombardier C, Guillemin F, Ferraz MB. Guidelines for the process of cross-cultural adaptation of self-report measures. Spine. 2000;25(24):3186-91. http://dx.doi.org/10.1097/00007632-200012150-00014 PMid:11124735.
» http://dx.doi.org/10.1097/00007632-200012150-00014
10) Nery DB, Silva RLF, Duarte LA, Salimon A, Medina C, de Angelo TCS, et al. A autoadvocacia na rehabilitação auditiva: tradução e adaptação transcultural do self-advocacy checklist. In: Anais do 25° Congresso Fonoaudiológico de Bauru; 2018; Bauru. Bauru: USP; 2018.
11) IDEA: Individuals With Disabilities Education. Act of 2004, P.L. 108-446. Washington: IDEA.
12) Brasil. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Diário Oficial da União; Brasília, 7 jul. 2015; Seção 1, p. 2.
13) AAA: American Academy of Audiology. Scope of practice in audiology. Reston: AAA; 2004.
14) ASHA: American Speech-Language-Hearing Association. Scope of practice in audiology. Rockville: ASHA; 2018.
15) EAA: Educational Audiology Association. Educational audiology scope of practice. Pittsburgh: EAA; 2019.
16) CFFa: Conselhos Federal e Regionais de Fonoaudiologia. Lei nº 6.965/81. Código de Ética da Fonoaudiologia. Brasília: CFFa; 2004.
17) Brasil. Lei n° 13.935, de 11 dezembro de 2019. Dispõe sobre a prestação de serviços de psicologia e de serviço social nas redes públicas de educação básica. Diário Oficial da União; Brasília; 12 dez. 2019. nº 240, Seção 1, p. 7.
18) Esturaro GT, Novaes BCDAC, Deperon TM, Martinez MAN, Mendes BDCA. Uso de sistema de transmissão sem fio e desempenho de estudantes com deficiência auditiva na perspectiva de professores. Distúrb Comun. 2016;28(4):730-42.
19) Carvalho DS, Pedruzzi CM. Uso do sistema de frequência modulada por escolares com perda auditiva. Distúrb Comun. 2019;31(1):12-21. http://dx.doi.org/10.23925/2176-2724.2019v31i1p12-21 
20) REMIC. [Internet]. Bauru: REMIC; 2020 [citado em 2020 Mar 10]. Disponível em: http://remic.fob.usp.br/
21) Penna LM, Lemos SMA, Alves CRL. Auditory and language skills of children using hearing aids. Braz J Otorhinolaryngol. 2015;81(2):148-57.http://dx.doi.org/10.1016/j.bjorl.2014.05.034 PMid:25458255.
22) Long G, Stinson MS, Braeges J. Students’ perceptions of communication ease and engagement: how they relate to academic success. Am Ann Deaf. 1991;136(5):414-21. http://dx.doi.org/10.1353/aad.2012.0455 PMid:1799179.
23) Beresford P. Empowerment and Emancipation. In: Albrecht GL, editors. Encyclopedia of disability. Thousand Oaks: Sage Reference; 2013. p. 593-601.
24) Test DW, Fowler CH, Wood WM, Brewer DM, Eddy S. A conceptual framework of self-advocacy for students with disabilities. Remedial Spec Educ. 2005;26(1):43-54. http://dx.doi.org/10.1177/07419325050260010601
25) Paradiz V, Kelso S, Nelson A, Earl A. Essential self-advocacy and transition. Pediatrics. 2018;141(Suppl 4):S373-7. http://dx.doi.org/10.1542/peds.2016-4300P PMid:29610420.
26) Reed S, Antia SD, Kreimeyer KH. Academic status of deaf and hard-of- hearing students in public schools: student, home, and service facilitators and detractors. J Deaf Stud Deaf Educ. 2008;13(4):485-502. http://dx.doi.org/10.1093/deafed/enn006 PMid:18344539.


Submetido em:
05/05/2020

Aceito em:
17/09/2020

619547ada95395480f162cb5 codas Articles

CoDAS

Share this page
Page Sections