CoDAS
http://www.codas.periodikos.com.br/article/doi/10.1590/2317-1782/e20240309pt
CoDAS
Original Article

Escala de Coping para Fala em Público (ECOFAP): evidências de validade baseadas na estrutura interna

Speaking in Public Coping Scale (ECOFAP): validity evidence based on internal structure

Anna Carolina Ferreira Marinho; Adriane Mesquita de Medeiros; Eduardo de Paula Lima; Letícia Caldas Teixeira

Downloads: 0
Views: 4

Resumo

Objetivo: Apresentar as evidências de validade da Escala de Coping para Fala em Público (ECOFAP) baseadas na estrutura interna. Método: Estudo metodológico de elaboração e validação de instrumento. Participaram do estudo 1.119 adultos que falam em público em contextos acadêmicos ou profissionais, com média de 25 anos. A maioria da amostra era do sexo feminino (68,5%) e com ensino superior completo (58,5%). Foram utilizados para a validação um questionário de autorrelato incluindo: 1) características sociodemográficas (idade, sexo, escolaridade, profissão); 2) perguntas sobre participação em treinamentos para aperfeiçoamento da comunicação em público e experiência de fala em público, em contextos acadêmicos e profissionais; 3) Escala de Coping para Fala em Público (ECOFAP de 48 itens). Para as etapas de evidência de validade, foram realizadas análises da consistência interna (alfa de Cronbach), Análise Fatorial Exploratória (AFE) e Análise Fatorial Confirmatória (AFC). Resultados: Após a conclusão das análises, a ECOFAP ficou composta por 30 itens. Os resultados indicaram uma boa consistência interna da ECOFAP (alfa de Cronbach 0,87). O instrumento apresentou estrutura fatorial composta pelo fator Desafio (13 itens) e Ameaça (17 itens). As cargas fatoriais variaram de 0,37 a 0,66. Conclusão: A ECOFAP mostra uma estrutura interna sólida e propriedades psicométricas adequadas. O instrumento é confiável e válido para autoavaliar estratégias de coping para fala em público de indivíduos adultos em contextos acadêmicos e profissionais.

Palavras-chave

Estudo de Validação; Coping; Fala em Público; Autoavaliação; Psicometria

Abstract

Purpose: To present the validity evidence of the Speaking in Public Coping Scale (ECOFAP) based on its internal structure. Methods: This methodological study of instrument development and validation included 1,119 adults who speak in public in academic or professional contexts, with a mean age of 25 years. Most of the sample were females (68.5%) and held a bachelor’s degree (58.5%). A self-report questionnaire was used for validation, including: 1) sociodemographic characteristics (age, sex, education, profession); 2) questions about participation in training to improve public communication and public speaking experience in academic and professional contexts; 3) the 48-item Speaking in Public Coping Scale (ECOFAP). Internal consistency analyses (Cronbach’s alpha), exploratory factor analysis, and confirmatory factor analysis were performed for the validity evidence stages. Results: ECOFAP had 30 items after finishing the analyses. The results indicated it had good internal consistency (Cronbach’s alpha 0.87). The instrument presented a factorial structure comprising the Challenge (13 items) and Threat (17 items) factors. Factor loadings ranged from 0.37 to 0.66. Conclusion: ECOFAP has a solid internal structure and adequate psychometric properties. It is reliable and valid for self-assessing coping strategies for public speaking among adults in academic and professional contexts.

Keywords

Validation Study; Coping; Public Speaking; Self-assessment; Psychometrics

Referencias

1American Educational Research Association. American Psychological Association. National Council on Measurement in Education. Standards for educational and psychological testing. New York: AERA; 2014.

2Marinho ACF, Medeiros AM, Lima EP, Teixeira LC. Instrumentos de avaliação e autoavaliação da fala em público: uma revisão integrativa da literatura. Audiol Commun Res. 2022;27:e2539. http://doi.org/10.1590/2317-6431-2021-2539
» http://doi.org/10.1590/2317-6431-2021-2539

3Skinner EA, Edge K, Altman J, Sherwood H. Searching for the structure of coping: A review and critique of category systems for classifying ways of coping. Psychol Bull. 2003;129(2):216-69. http://doi.org/10.1037/0033-2909.129.2.216 PMid:12696840.
» http://doi.org/10.1037/0033-2909.129.2.216

4Skinner EA, Wellborn JG. Coping during childhood and adolescence: a motivational perspective. In: Featherman DL, Lerner RM, Perlmutter M, editors. Life-span development and behavior. Hillsdale: Lawrence Erlbaum Associates; 1994. p. 91-133. (vol. 12).

5Skinner EA, Zimmer-Gembeck M. Coping and the development of regulation: new directions for child and adolescent development. San Francisco: Jossey-Bass; 2009. pp. 5-

6Behlau M, Barbara M. Comunicação consciente: o que comunico quando eu comunico. 1. ed. Rio de Janeiro. Thieme Revinter; 2022. 160 p.

7Lucas SE. The art of public speaking. 12th ed. New York: McGraw-Hill Education; 2015. 447 p.

8D’El Rey GJ, Pacini CA. Medo de falar em público em uma amostra da população: prevalência, impacto no funcionamento pessoal e tratamento. Psicol, Teor Pesqui. 2005;21(2):237-42. http://doi.org/10.1590/S0102-37722005000200014
» http://doi.org/10.1590/S0102-37722005000200014

9Osório FL, Crippa JA, Loureiro SR. Aspectos cognitivos do falar em público: validação de uma escala de autoavaliação para universitários brasileiros. Arch Clin Psychiatry. 2012;39(2):48-53. http://doi.org/10.1590/S0101-60832012000200002
» http://doi.org/10.1590/S0101-60832012000200002

10Maldonado I, Reich M. Estrategias de afrontamiento y medo a hablar em público en estudiantes universitários a nível de grado. Cienc Psicol. 2013;7(2):165-82. http://doi.org/10.22235/cp.v7i1.1058
» http://doi.org/10.22235/cp.v7i1.1058

11Borrego MCM, Behlau M. Mapeamento do eixo condutor da prática fonoaudiológica em expressividade verbal no trabalho de competência comunicativa. CoDAS. 2018;30(6):e20180054. http://doi.org/10.1590/2317-1782/20182018054 PMid:30517272.
» http://doi.org/10.1590/2317-1782/20182018054

12Angélico AP, Bauth MF, Andrade AK. Estudo experimental do falar em público com e sem plateia em universitários. Psico-USF. 2018;23(2):347-59. http://doi.org/10.1590/1413-82712018230213
» http://doi.org/10.1590/1413-82712018230213

13Ramos F, Enumo SRF, Paula KMP. Teoria Motivacional do Coping: uma proposta desenvolvimentista de análise do enfrentamento do estresse. Estud Psicol. 2015;32(2):269-79. http://doi.org/10.1590/0103-166X2015000200011
» http://doi.org/10.1590/0103-166X2015000200011

14Marinho ACF, Medeiros AM, Lima EP, Teixeira LC. Escala de Coping para Fala em Público (ECOFAP): evidências de validade de conteúdo e processos de resposta. CoDAS. 2024;36(4):e20230200. http://doi.org/10.1590/2317-1782/20242023200pt PMid:38808778.
» http://doi.org/10.1590/2317-1782/20242023200pt

15Pernambuco LA, Espelt A, Magalhães HV Jr, Lima KC. Recommendations for elaboration, transcultural adaptation and validation process of tests in Speech, Hearing and Language Pathology. CoDAS. 2017;29(3):e20160217. http://doi.org/10.1590/2317-1782/20172016217 PMid:28614460.
» http://doi.org/10.1590/2317-1782/20172016217

16Rios J, Wells C. Validity evidence based on internal structure. Psicothema. 2014;26(1):108-16. http://doi.org/10.7334/psicothema2013.260 PMid:24444738.
» http://doi.org/10.7334/psicothema2013.260

17Streiner DL. Starting at the beginning: an introduction to coefficient alpha and internal consistency. J Pers Assess. 2003;80(1):99-103. http://doi.org/10.1207/S15327752JPA8001_18 PMid:12584072.
» http://doi.org/10.1207/S15327752JPA8001_18

18Balbinotti MAA, Barbosa MLL. Análise da consistência interna e fatorial confirmatório do IMPRAFE-126 com praticantes de atividades físicas gaúchos. Psico-USF. 2008;13(1):1-12. http://doi.org/10.1590/S1413-82712008000100002
» http://doi.org/10.1590/S1413-82712008000100002

19Hair JF, Tatham RL, Anderson RE, Babin BJ, Black WC. Análise multivariada de dados. Porto Alegre: Bookman; 2009.

20Lira AAM, Borrego MC, Behlau M. Autoavaliação dos recursos comunicativos por representantes comerciais e sua relação com o desempenho em vendas. CoDAS. 2019;31(6):e20190067. http://doi.org/10.1590/2317-1782/20192019067 PMid:31721891.
» http://doi.org/10.1590/2317-1782/20192019067

21Almeida AA, Behlau M. Adaptação cultural do Questionário Reduzido de Autorregulação: sugestões de aplicação para área de voz. CoDAS. 2017;29(5):e20160199. http://doi.org/10.1590/2317-1782/20172016199 PMid:28813068.
» http://doi.org/10.1590/2317-1782/20172016199

22Tabachnick B, Fidell L. Using multivariate analysis. Needham Heights: Allyn & Bacon; 2007.

23Damásio BF. Contribuições da Análise Fatorial Confirmatória Multi-grupo (AFCMG) na avaliação de invariância de instrumentos psicométricos. Psico-USF. 2013;18(2):211-20. http://doi.org/10.1590/S1413-82712013000200005
» http://doi.org/10.1590/S1413-82712013000200005

24Justo AP. Autorregulação em adolescentes: relações entre estresse, enfrentamento, temperamento e problemas emocionais e de comportamento [tese]. Campinas: Pontifícia Universidade Católica de Campinas; 2015 [citado em 2024 Out 2]. Disponível em: https://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/handle/123456789/15732
» https://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/handle/123456789/15732

25Lees DC. An empirical investigation of the Motivational Theory of Coping in middle to late childhood [thesis]. Brisbane: Griffith University; 2007.

26Silva AMB, Enumo SRF, Carvalho LF. Scale of Coping with Pain for Dancers (COPAIN-Dancer): construction and validity evidences. Rev Psicol. 2019;37(1):159193. http://doi.org/10.18800/psico.201901.006
» http://doi.org/10.18800/psico.201901.006


Submitted date:
02/10/2024

Accepted date:
22/04/2025

69429548a953954dfd73d378 codas Articles

CoDAS

Share this page
Page Sections